"É uma obra artística, não são palavras de ordem"

Incita ou não à violência? A pergunta surge com o teledisco de lançamento do último álbum do grupo Mão Morta, "Pelo Meu Relógio São Horas de Matar". Nas imagens, o vocalista surge de arma em punho a matar várias pessoas e com imagens de fundo de políticos e bancos. Adolfo Luxúria Canibal rejeita a ideia e afirma que "é uma obra artística, não são palavras de ordem".
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"Acho muito abusivo pensar que é um apelo à violência, seja qual a ótica em que seja visto. Os discos servem para formalizarmos ideias, pensamentos, ajudar a perceber o mundo em que vivemos. Este é um disco em que a realidade está mais focalizada no presente português", explica Adolfo Luxúria Canibal.

Em entrevista ao DN, o cantor explica que "de há dois anos para cá não nos conseguimos alhear deste momento presente porque ele entra-nos no quotidiano, quebra-nos as rotinas, rebenta-nos com o conforto. De alguma forma havia de dar conta da nossa insatisfação em relação ao estado do País e da nossa vida".

Com o lançamento do teledisco, Adolfo Luxúria Canibal fez a apresentação do trabalho com um vídeo, onde fala da personagem criada para relatar a situação atual do País. Um homem da classe média que ganha consciência social e começa a partilhar o seu mal estar e o dos outros.

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